A palavra estatística surgiu em 1752 pelo alemão Gottfried Achenwall, professor da universidade de Gottingen. Porém, a estatística surgiu quando os governos se interessaram em obter informações sobre suas populações e riquezas. No antigo Egito, por exemplo, os faraós fizeram uso sistemático de informações de caráter estatístico, e na China existem relatos de levantamentos feitos há mais de 2000 anos. O interesse pela coleta de dados estatísticos aumentou com o Renascimento, devido a suas aplicações na administração pública.
A primeira tentativa de se tirar conclusões a partir de dados numéricos foi feita no século XVII por John Graunt, um negociante de tecidos que escreveu um pequeno livro fazendo uma análise dos registros disponíveis sobre mortalidade. O que John Graunt fez foi raciocinar por meio de dados sobre fatos relacionados com o governo, o que foi denominado Aritmética Política e evoluiu para o que hoje é chamado de Demografia.
No mesmo período em que as ideias estatísticas tiveram início, o cálculo de probabilidade desenvolveu-se de maneira independente a essas ideias, só passando a influenciá-las posteriormente. Adolph Quételet, considerado o “pai das estatísticas públicas”, foi o primeiro a perceber que a estatística deveria ser baseada na noção de probabilidade. Em 1853, ele organizou o primeiro Congresso Internacional de Estatística, em Bruxelas, o que levou à criação do Instituto Internacional de Estatística em 1885.
No final do século XIX, na Inglaterra, Sir Francis Galton, o primeiro a aplicar métodos estatísticos para o estudo das diferenças e heranças humanas de inteligência, e Karl Person, um grande contribuidor para o desenvolvimento da estatística, cujo pensamento fundamentou muitos dos métodos estatísticos que são de uso comum atualmente, fundaram a Escola Biométrica. Tendo por objetivo impulsionar o estudo da estatística e o desenvolvimento de métodos, ela se tornou um importante marco na história dessa área.
Outro importante nome na história da estatística é Ronald Aylmer Fisher, um estatístico e geneticista que fez contribuições teóricas fundamentais à Estatística e à análise e delineamento de experimentos, sendo por vezes considerado o fundador da estatística moderna.
Nos dias de hoje, a utilização da estatística se expandiu muito além de suas origens. Ela é usada diariamente em diversas áreas para compreender dados e tomar decisões, se tornando muito importante no cotidiano das pessoas.